Mangostão e a sua História
Baptizado pelo padre e investigador Francês Laurentiers Garcin (1673-1751), acredita-se que o Mangostão terá as suas origens no sudoeste asiático, muito provavelmente nas ilhas Sunda e Molucas, apesar de não estar confirmada. Ainda existem árvores selvagens nas florestas do Kemaman, na Malásia. Pensa-se que a planta terá sido domesticada na Birmânia ou na Tailândia, onde é hoje em dia largamente cultivada - 4000ha em 1965. Encontra-se igualmente no Kampuchea, Vietname e Burma e por toda a Malásia e Singapura. O seu nome científico é Garcinia mangostana e nos dias de hoje a árvore do mangostão é cultivada em diversas regiões tropicais em todo o mundo, podendo ser encontradas plantações comerciais na Tailândia, India, Malasia, Australia, Vietename e Filipinas. Contudo hoje a sua plantação já está mais generalizada podendo ser encontrado em Porto Rico, Hawai, Venezuela, Brasil, Cambodja, Honduras e Gana.
Tem sido utilizado desde há milhares de anos pela medicina chinesa e ayurvedica e até pela medicina tradicional asiática. Pelo seu sabor exótico, desde cedo lhe foram atribuídos outras denominações, como “Raínha das Frutas” (povos asiáticos) ou até “Fruta dos Deuses” pelos povos das Caraíbas Francesas. O mangostão é ainda a fruta Nacional da Tailândia. É conhecido em todo o mundo por outras denominações como: mangostan, manggis, mangostanier ou semetah. Em alguns países onde as suas propriedades terapêuticas têm sido aproveitadas é até denominado de “fruto milagroso”.
Durante milhares de anos, o mangostão tem sido utilizado na medicina popular no tratamento de problemas de saúde como: desidratação, diarreia, desinteria, eczema, cançaço, febre, gonorreia, gota, feridas infectadas, inflamação, falta de energia, malária, infecções microbianas, parasitas, psoriase, sífilis, tuberculose e até infecções urinárias.
O mangostão, Garcinia mangostana, pertence à família das Guttiferaes, que incluem mais de 800 espécies de plantas. Duas destas espécies, são conhecidas mundialmente pelas suas propriedades medicinais, a Erva de São João(St. John´s wort) e a Garcinia cambogia, são os “parentes” 
mais próximos do mangostão.
É frequente confundir ou associar o mangostão à manga, contudo não há qualquer semelhança entre estes dois frutos, a não ser o facto de serem ambos exóticos e saborosos.
É curioso como um fruto tão exótico como o mangostão e com tanta tradição de utilização na medicina tradicional nunca chegou à Europa ou Estados Unidos. Terá sido, provavelmente um dos segredos mais bem guardados da natureza. Desde a plantação das suas sementes, demora 7 a 10 anos a dar os primeiros frutos. Apesar de ser uma das árvores de fruta tropical de crescimento mais lento, a árvore do mangostão pode atingir 25 metros de altura. A árvore do mangostão dá fruta duas vezes por ano, sendo possível colher até 2000 frutos no pico da produção, normalmente em árvores com 30 anos.
